terça-feira, 5 de julho de 2011

Bem Vindos Ao Meu Coração

Vocês podem até achar que a dor de perder alguém é superável.
Sim, ela é superável depois de todo o processo de aceitação.
Eu estou aprendendo com as horas de silêncio a aceitar essa terrível situação.

Não quero enrolar muito, para que vocês percam o interesse em minha história.
Tudo começou há um mês.


Eu e Totó* tínhamos um relacionamento perfeito. Apesar de desentendimentos normais, éramos um casal amoroso e que chamava atenção entre nossos amigos. Antes de namorarmos, éramos melhores amigos. Até que um dia nos apaixonamos e não desgrudamos mais.
Com o tempo, fomos descobrindo novas sensações em nossos corpos. Seu corpo era escultural porque ele lutava, então sempre cuidava do corpo que eu podia chamar de “meu”. Mas a aparência pouco importava entre nós.

Então, logo após a páscoa, as coisas mudaram.
Nossas conversas não passavam de palavras pequenas como “sim” e não”.
Eu não entendia como tudo esfriou, e minha inocência foi dizendo que era apenas uma fase e que logo iríamos nos tornar amantes como no inicio de nosso namoro.

Um dia, ele me chamou para conversar.
Eu estava com um pressentimento ruim, que algo iria acontecer.
Mas nada me atingia, porque eu aproveitaria essa conversa para dizer minha decisão.
Eu havia decidido perder aquilo que eu mais tenho de valor com ele, a pessoa que eu realmente amava (e ainda amo).

Ele estava parado, com as mãos nos bolsos. Um olhar vazio e um rosto pálido me deixaram confusa.
Com um selinho murcho, senti seus lábios aos meus pela ultima vez.
Levando-me até um canto menos movimentado, ele foi falando.
Eu desejei a Deus que algo me matasse àquela hora.
Dizendo que não queria me machucar, assumiu estar gostando de outra garota da escola.

Meu mundo caiu.
Minha cabeça começou a rodopiar e eu não entendia o que estava acontecendo.
Ele continuava a falar enquanto minhas lagrimas escorriam pelo meu rosto pálido.
Disse-me que queria ser meu amigo, como antes.

Meu corpo agia no automático.
Eu tentava dizer que estava tudo bem… Mas não estava!
Como ele podia ter gostado de outra pessoa?COMO?!
Levando-me até o metrô, ele me deu um beijo na bochecha.
Ficamos exatamente 10 minutos olhando para nossos pés.
Minhas lágrimas escorriam sem força.
Ele me deu um abraço.
Foi a ultima vez que o tive em meus braços.

Quando estávamos um longe do outro, liguei para um amigo nosso.
Arthur* disse que estaria me esperando na estação de sua casa.
Fui chorando o caminho inteiro.

Vi Arthur de longe. Corri entre as pessoas, e ao girar a catraca, voei em seu corpo.
Ele me abraçou e me deixou molhar sua camisa com minhas lágrimas de tristeza e de dor.
Gritei, sem ligar para as pessoas que me olhavam.
E depois de me acalmar, Arthur me levou até em casa.
No caminho todo,ele foi explicando que se tudo aconteceu,era porque Deus queria.

Fiquei com raiva de Deus. Perguntei-me porque Deus teria feito que o homem que eu amava olhar para outra garota. Um ódio foi crescendo.

Meus pais me tratavam com mais carinho. Não. Era apenas PENA.
Meus amigos começaram a me dar apoio, mas eu sabia que também só estavam com pena e raiva de Totó.

Com o passar das semanas, eu fui criando coragem para mostrar um pequeno sorriso no rosto. Fui me divertindo com o pessoal na escola, e até entrei em um curso.

Mas toda noite, antes de dormir, eu choro pensando nele.
Choro, por tristeza. Por descaso.
Por saber que ele não me ama mais.

Assim, eu acabara de sofrer minha primeira desilusão.

Obrigada a todos, pois fazer este blog é como abrir meu coração e conseguir acabar com essa dor que acaba com agente… Beijos e até amanhã!

*Nomes fictícios para preservar as pessoas citadas!
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